quarta-feira, 9 de julho de 2014

Com glúten ou sem glúten?


Ultimamente parece que o glúten se transformou em "persona non grata". Surge uma diversidade de receitas e produtos alimentares isentos de glúten que, devido a esse facto, são conotados como produtos saudáveis.

Mas afinal o que é o glúten

O glúten é uma proteína vegetal, que existe em quantidade apreciável no trigo e no centeio, em menor quantidade na aveia e na cevada e que está ausente no milho e no arroz.

Quando se amassa o pão, as proteínas da farinha (o glúten) que inicialmente se encontram bastante "desarrumadas", começam a organizar-se e formam uma rede elástica. Esta rede é a responsável pelo aumento de volume do pão durante a fermentação, pois é nesta rede que fica aprisionado o dióxido de carbono produzido pelas leveduras. É por esta razão que o pão de trigo e de centeio é um pão fofinho e a broa de milho é compacta - não tem glúten, logo, não retém o dióxido de carbono.

A proteína vegetal, neste caso o glúten, também é importante pelo contributo que significa para a dose diária de proteína de que necessitamos. O pão de trigo tem cerca de 8% de proteína com a vantagem de ser uma proteína "limpa". Isto quer dizer que, ao contrário da proteína animal que transporta sempre associada alguma (ou muita) gordura, a proteína vegetal não se faz acompanhar de gordura.

Então porquê esta má fama do glúten?

Há de facto pessoas a quem o glúten faz mal, são os doentes celíacos. Quando ingerem glúten, o sistema imunológico  responde, danificando a mucosa do intestino e comprometendo a absorção dos restantes nutrientes. É uma doença do tipo alérgico e a única forma de a controlar é eliminar o glúten da alimentaçao. E acreditem, não é fácil fazer uma alimentação isenta de glúten. Está presente por todo o lado, onde menos esperamos: iogurtes, queijos industriais, enlatados, salsichas, molhos, sobremesas instantâneas, gelados, etc.

Só os doentes celíacos devem retirar o glúten da alimentação. Todas as outras pessoas, já que têm a sorte de não ser intolerantes ao glúten, podem e devem comer alimentos com esta proteína. Um alimento muito utilizado na alimentação vegetariana, o seitan, não é mais do que "puro" glúten.

Uma entrada que vai deixar a casa bem perfumada e com glúten, pois então:


Foccacia de alecrim:

500 g farinha de trigo 65
315 ml de água
1 saqueta de fermento de padeiro desidratado
1 colher de sopa de açúcar
1/2 colher de sopa de sal fino
3 colheres de sopa de azeite
alecrim fresco
sal grosso q.b.

Disolver o fermento de padeiro na água morna, adicionar o açúcar, o sal e o azeite. Acrescentar a farinha e misturar com um garfo. Adicionar alecrim picadinho e misturar bem.

Colocar a massa na mesa e amassar bem durante cerca de 10 min. (esticar e dobrar). 

Alternativa Bimby - misturar os líquidos 30 seg, vel 3; adicionar a farinha e o alecrim e programar 15 seg, vel 6 e de seguida 2 minutos na velocidade espiga.

Colocar a massa numa taça untada com azeite a levedar, tapada com película aderente, durante cerca de 1 h.

Untar um tabuleiro com azeite e transferir a massa para o tabuleiro, sem a amachucar. Esticar para que ocupe toda a superfície do tabuleiro. Polvilhar a foccacia com mais alecrim picadinho, pedrinhas de sal grosso e um fio de azeite.

Vai ao forno a 200ºC durante cerca de 30 min.

Servir com uma mistura de azeite e vinagre balsâmico para molhar a foccacia.


 
Uma entradinha bem saudável e COM glúten


  

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